As hérnias inguinais, localizadas na região da virilha, são áreas de fraqueza na parede abdominal que levam à protusão de estruturas locais identificada com uma elevação que pode ser restrita à virilha ou descer até a região escrotal.
O paciente com hérnia inguinal queixa-se de abaulamento (elevação) na região inguinal, com dor local usualmente discreta e geralmente intensificada durante esforços físicos que levam a aumento da pressão intra abdominal como tossir, evacuar, praticar esportes, levantar objetos pesados, entre outros.
O diagnóstico de hérnia é baseado no exame físico, não necessita de realizar exames de imagem como ultrassom ou tomografia para diagnóstico. Ao exame físico, percebe-se o abaulamento, que fica mais evidente quando o paciente faz força por solicitação do médico e muitas vezes uma redução desse abaulamento quando em repouso.
O único tratamento é cirúrgico e deve ser realizado o mais rápido possível, uma vez que o conteúdo herniário tende a crescer progressivamente, possibilitando a ocorrência de encarceramento e estrangulamento das vísceras abdominais, condição que muitas vezes, necessita de cirurgia em caráter de urgência e com risco de lesão de intestinos.
Desde meados dos anos 90, as técnicas cirúrgicas mais comumente empregadas no tratamento das hérnias inguinais incluem o uso de uma tela sintética (polipropileno) para sua correção. Esta aplicação permite maior segurança na correção e reduz consideravelmente as chances de recidiva da hérnia.
Nos últimos anos, mais uma inovação tem revolucionado o tratamento das hérnias. Com a evolução tecnológica na medicina a laparoscopia tem se difundido cada vez mais e tem sido utilizada de forma cada vez mais frequente no tratamento da hérnias inguinais. A técnica laparoscópica consiste no uso de conjunto câmera e monitor para realização da cirurgia por dentro da cavidade abdominal usando pequenas incisões de 1 cm ou menos.
Essa técnica traz muitos benefícios com relação às técnicas tradicionais uma vez que o procedimento cirúrgico é minimamente invasivo e permite uma recuperação mais rápida, com melhor resultado estético e menor dor pós-operatória permitindo uma alta hospitalar precoce e o retorno às atividades físicas habituais em menor intervalo de tempo. Além disso, a incidência de infecção em ferida operatória é reduzida e mantemos a mesma segurança que o tratamento cirúrgico convencional no que diz respeito à taxa de recidiva da hérnia inguinal, que usualmente é baixa após o início do uso das telas.
Reiteramos que o tratamento cirúrgico das hérnias inguinais por acesso laparoscópico deve ser realizado por equipe experiente e familiarizada com a técnica.
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